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Radicalismo

Eleitor de Bolsonaro mata mestre de capoeira por declarar voto no PT

Mestre Moa do Katendê era referência da cultura afrobrasileira

08.out.2018 às 14h18
São Paulo (SP)
Redação
Moa do Katendê era uma das principais referências da cultura afrobrasileira

Moa do Katendê era uma das principais referências da cultura afrobrasileira - Foto: Divulgação

O mestre de capoeira Moa do Katendê, de 63 anos, foi assassinado com 12 facadas nas costas em um bar em Salvador (BA). O assassinato foi cometido por um apoiador do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL) na madrugada desta segunda-feira (8), após uma discussão sobre as eleições.

Educador, compositor, artesão e liderança do movimento negro e da cultura no estado da Bahia, Mestre Moa declarou seu apoio a Fernando Haddad (PT) no primeiro turno das eleições e defendia o voto no petista.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o homem que cometeu o assassinato foi preso em flagrante. O autor do crime itiu que, após uma discussão de caráter político, voltou a sua casa e buscou a faca que utilizou no homicídio.

O corpo de Mestre Moa será velado em um cemitério no bairro de Baixa de Quintas, às 16h, onde amigos, familiares, artistas populares e militantes vão prestar homenagens. 

A SSP não confirmou a identidade nem o estado de saúde de um outro homem, de 51 anos, que também foi atingido no braço. Ele foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE).

Biblioteca viva

Nascido em Salvador, Romualdo Rosário da Costa é um dos principais nomes da cultura popular afro baiana. Iniciou-se ainda menino, na década de 1960, na Academia de Capoeira Angola Cinco Estrelas. 

Era compositor e, em 1977, consagrou-se campeão do Festival da Canção Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil. Também participou do grupo Erê Gegê e, fundou, em maio de 1978, o Afoxé Badauê  – cantado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Moraes Moreira.

No final da década de 1980, ministrou aulas de capoeira e percussão para crianças em projetos na Fundação Nacional de Assistência Social, na antiga Febem e SOS Criança. Na época, também participou do Movimento de Artistas Negros de São Paulo com projetos musicais Negra Música (1988) e Venha ao Vale (1989), ao lado de Jorge Ben Jor. Na capital paulista, fundou o Afoxé Amigos de Katendê.

Mestre Moa membro da Associação Brasileira de Capoeira Angola, discípulo de mestre Bobó de Pastinha e era descrito por capoeiristas como "uma biblioteca viva, um museu vivo da história da arte afro brasileira". Ele era um defensor da reafricanização da juventude e do Carnaval da Bahia. 

Uma pessoa de muita delicadeza é como a professora da Universidade Federal da Bahia e mestra de capoeira do Grupo Nzinga, Paula Barreto, se lembra de Mestre Moa. "Machuca mais justamente por ser essa figura, uma pessoa que agiu e defendeu seus ideais e a cultura negra de maneira pacífica", pontua. 

"Para nós, ele deixa essa imagem: um capoeirista angoleiro elegante, de jogo lento e totalmente distanciado da violência. De muito charme e muita graça e leveza. E, fora da roda de capoeira, um cara sempre agradável e bem-humorado, atraindo e reunindo pessoas em torno dele."

Mestra Paulinha conta que o crime sensibilizou comunidades da capoeira, do afoxé e da militância negra em Salvador: "Há muita revolta e pouco de temor de que esse seja um caminho, o crime de ódio. Não tem como se referir a esse crime que não a essa maneira". 

Repercussão

O ator paulista Sidney Santiago Kuanza afirmou que a morte da liderança foi "covarde" e relacionou com o aumento da cultura de ódio promovido pelo candidato Jair Bolsonaro. "Já é a derrocada. É o começo de violência que já era esperado. 'Ele não', porque ele empodera, mesmo que à distância, a truculência e a violência", afirmou em vídeo.

No Twitter, Manuela d'Ávila (PCdoB), vice da chapa de Fernando Haddad, afirmou que o assassinato de Mestre Moa é resultado do quadro da intolerância e do ódio: "foi morto porque pensava diferente de quem o assassinou. Era defensor da cultura e dos negros e negras e lutava por qualidade de vida para quem mais precisava", disse. 

A cantora Karina Buhr se pronunciou nas redes sociais: "O Brasil segue sangrando na estupidez". O rapper Rashid também postou no Twitter. "Onde isso vai parar? Tive a oportunidade de conhecer o mestre, devido a um projeto musical do qual eu participava com ele. Tô profundamente triste com a notícia", afirmou.

Jaques Wagner, senador eleito pelo PT no estado da Bahia, afirmou que o assassinato de Mestre Moa é "inaceitável": "É deplorável que a diversidade de posicionamentos, a maior riqueza da democracia, motive perseguições e até mortes. E faço um alerta: ou voltamos para a normalidade democrática com garantia da liberdade de opinião e respeito às diferenças ou viraremos um faroeste, uma terra sem lei."

* Atualizado 08/10/2018 às 16:03

Editado por: Diego Sartorato
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