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Início Bem viver Agroecologia

AGROECOLOGIA

Pesquisa do Instituto Água e Terra revela que vegetação nativa em assentamento é quase 10% maior do que exige a legislação

'Territórios da reforma agrária são exemplos vivos de conservação', diz engenheira do IAT

11.dez.2024 às 19h15
Atualizado em 03.abr.2025 às 17h01
Curitiba (PR)
Diangela Menegazzi
Pesquisa do Instituto Água e Terra revela que vegetação nativa em assentamento é quase 10% maior do que exige a legislação

- laudia Sonda, do Instituto Água e Terra (IAT), apresentou dados que reafirmam a força da reforma agrária para a preservação ambiental. - Foto: Vitória Smarci

O Seminário “Projeto Ambiental na Reforma Agrária no Paraná”, realizado no auditório Leo Grossman, na tarde desta quinta-feira (5) reuniu lideranças, técnicos e agricultores em um diálogo sobre a construção de um futuro com floresta em pé, comida saudável e boas relações nos territórios da reforma agrária.

Com discussões que abordaram desde os desafios da crise ambiental até estratégias para sua superação, o evento destacou a potência transformadora dos assentamentos no Paraná. A atividade integra a 21ªJornada da Agroecologia, que ocorre no Centro Politécnico da UFPR (Universidade Federal do Paraná), até o dia 08 de dezembro.

Assentamentos preservam acima do exigido por lei

Claudia Sonda, do Instituto Água e Terra (IAT), apresentou dados que reafirmam a força da reforma agrária para a preservação ambiental. Um estudo baseado no Cadastro Ambiental Rural (CAR) mostrou que os 333 assentamentos rurais cadastrados no Paraná mantêm, em média, 29,4% de vegetação nativa, superando os 20% exigidos pela legislação. Exemplos como os assentamentos 12 de Abril, em Bituruna, e Olga Benário, em Santa Tereza do Oeste, preservam 40% e 35% de suas áreas, respectivamente.

“Esses números revelam que os territórios da reforma agrária são exemplos vivos de conservação, produção sustentável e proteção da biodiversidade”, afirmou Claudia. Ela enfatizou que o desafio agora é fortalecer cadeias produtivas que mantenham a floresta em pé, como mel, frutas e produtos derivados, conciliando renda e preservação.

Reforma agrária: caminho para enfrentar a crise ambiental

Bárbara Loureiro, da coordenação do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis e do Setor de Produção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), destacou que a crise ambiental está enraizada em uma lógica de desigualdades estruturais e práticas de exploração típicas do modelo capitalista. Segundo ela, o chamado “capitalismo verde” não resolve os problemas reais e apenas mercantiliza a biodiversidade, enquanto o enfrentamento à crise precisa ser coletivo e organizado.

Entre as estratégias apontadas, Bárbara frisou a necessidade de massificar a agroecologia como um projeto político. “Produzir de forma agroecológica significa aliar-se à natureza, promovendo soberania alimentar e transformando as relações humanas”, afirmou. Além disso, ressaltou a importância de tecnologias adaptadas à realidade da agricultura familiar e camponesa, bem como do trabalho cooperado e  do Plano Nacional de Plantio de Árvores, essencial para preservar a biodiversidade nos assentamentos e garantir a produção de alimentos.

Bárbara Loureiro, da coordenação do Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, frisou a necessidade de massificar a agroecologia como um projeto político. – Foto: Vitória Smarci

Esperança e horizontes possíveis

O seminário não apenas denunciou as causas da crise ambiental, mas apontou soluções concretas, reafirmando o papel central da reforma agrária popular. Da massificação da agroecologia às práticas de preservação ambiental, os territórios da reforma agrária mostram que é possível construir um modelo de desenvolvimento que valorize a vida em todas as suas formas.

Giovani Braun, diretor-presidente da Coana (Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Avante), apresentou ao público a iniciativa desenvolvida no Assentamento Zumbi dos Palmares, em Querência do Norte. Lá, no ano de 2010, teve início um projeto de recuperação de 67 hectares da Área de Preservação Permanente às margens do Rio Paraná. De acordo com Braun, foram plantadas 111 mil árvores e as 22 famílias que vivem no assentamento conseguiram restituir a reserva legal que havia sido devastada pelo agronegócio. 

Vista aérea de área de reflorestamento no Assentamento Zumbi dos Palmares em Querência do Norte, onde foram plantadas 111 mil árvores. – Foto: Arquivo / Assentamento Zumbi dos Palmares

Assim como o trabalho no assentamento Zumbi dos Palmares, também foram compartilhadas experiências inspiradoras da Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger do Assentamento Eli Vive, do trabalho com frutas nativas na região Centro do Paraná, assim como da Jornada na Natureza, na comunidade Dom Tomás Balduíno em Quedas do Iguaçu. 

Conforme reforçado no evento, os assentamentos do Paraná são exemplos de que outra maneira de viver e produzir é possível. O desafio agora é ampliar essas experiências, transformando a esperança em prática e garantindo vida digna para as gerações presentes e futuras.

Projetos dão força à produção de alimentos e à vida saudável

Durante o Seminário também foram apresentados projetos de promoção da agroecologia em todo o Paraná, apoiados pela empresa pública Itaipu Binacional. Um deles é o “Semeando Gestão”, que promove assistência técnica para fortalecer a produção sustentável para 2,5 mil famílias camponesas, em parceria com cooperativas e associações da reforma agrária. Já o “Bem Viver” tem oferecido capacitações para camponesas e camponeses, inclusive para adolescentes, com a intenção de fortalecer a agroecologia, aliada às práticas de saúde, arte e comunicação popular. Além disso, o projeto dará cursos para implantação de Sistemas Agroflorestais e para a construção de viveiros e hortos medicinais.   

Foto: Vitória Smarci

O evento segue até domingo (8), no Centro Politécnico da UFPR. Este ano a Jornada de Agroecologia conta com o patrocínio da CAIXA, Itaipu Binacional, Correios, Fundação Banco do Brasil e Governo Federal, e apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Desenvolvimento Social (MDA), Cooperativa de Crédito Cresol e Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA).

Editado por: Mayala Fernandes
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