Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Artigo

Quando a esquerda decidiu se eximir da luta pela democratização da comunicação?

A elite que controla a comunicação consegue construir agenda pública através de telejornais, programas de rádio e lives

17.out.2024 às 20h48
São Paulo (SP)
Vanessa Gonzaga

esquerda, de maneira coletiva, tardou em ver a comunicação como uma parte fundamental da luta ideológica - Gui Frodu

Hoje, 17 de outubro, é o Dia Nacional de Luta pela Democratização da Comunicação. Numa conjuntura de intensas mudanças em torno das formas de se comunicar, essa data precisa voltar a fazer parte do nosso calendário de lutas da esquerda brasileira. Neste cenário, acreditamos que esse texto é uma forma de contribuir com a atualização do debate e do que significa democratizar a mídia hoje e o fazemos a partir do nosso acúmulo coletivo no Movimento Brasil Popular e do conjunto das organizações do campo popular. 

Como toda pauta que polariza e ataca diretamente as elites desse país, há quem diga que a conjuntura não é favorável a essa luta, pois corremos o risco de "desgastar o governo". Se não for num governo de esquerda, em um momento de intensa utilização das redes sociais pela direita para propagar o ódio, quando a imprensa burguesa utiliza do seu poder para agitar as bandeiras do sionismo e do imperialismo através de coberturas jornalísticas que questionam os limites da ética, quando será a oportunidade de debater esse tema">

Se, por muito tempo, as organizações de luta pela democratização dos meios de comunicação questionavam as concessões de rádio e TV e apontavam o monopólio das comunicações no Brasil, onde 11 famílias dominam os meios de comunicação mais influentes, hoje, essa pauta ganha contornos maiores e mais dramáticos. Para além das concessões, precisamos também lutar pela regulamentação das redes sociais no Brasil. 

Ao contrário das análises fatalistas que apontavam que o rádio, a TV e até o jornalismo iriam morrer para dar lugar à Internet, hoje esses meios coexistem e se retroalimentam. Em outras palavras, a elite brasileira que controla as comunicações consegue construir a agenda pública através dos telejornais, dos programas de rádio, de lives, posts, podcasts, vídeos, trending topics e o que mais estiver ao seu alcance através de redes que funcionam de forma "livre" num péssimo sentido, porque é o tipo de "liberdade" que ataca direitos básicos. 

Um grande exemplo dessa "liberdade" é o Twitter/X, que após ser comprado pelo bilionário Elon Musk, se potencializou como uma ferramenta de ódio e de propaganda neofascista ao redor do mundo. Especificamente no Brasil, a falta de regulamentação da rede e a permissividade de Musk criaram um cenário favorável para que a rede se tornasse um espaço virtual propício à criação e fortalecimento de grupos neonazistas, misóginos e racistas, sem falar que a falta de moderação dos conteúdos facilitou o aumento de crimes virtuais, como a divulgação de conteúdos de abuso sexual de crianças. 

Quando falamos em regulamentação das redes, estamos falando de regras para a Internet inteira que não se torne o que o Twitter/X se tornou. Ao menor sinal de avanço de legislação nesse sentido, a exemplo do PL 2630/2020, o PL de combate às fake news, a mídia hegemônica brasileira se levanta e evoca o art. 220 da Constituição Brasileira, confunde alhos e bugalhos e afirma, com outras palavras, que impor limites para as redes que compartilham notícias falsas é uma forma de censura.  

Para além da regulamentação das redes, quando falamos em democratização das mídias, é necessário tocar em uma ferida do governo, que é o financiamento de grandes empresas de comunicação com dinheiro público enquanto milhares de iniciativas comunitárias, populares e que prestam um serviço de utilidade pública e exercício da cidadania sobrevivem com vaquinhas virtuais. 

Para citar apenas um exemplo, a Secretaria de Comunicação e dos ministérios do governo aumentaram o ree de R$ 89 milhões em 2022 para R$ 142 milhões em 2023 para a Rede Globo. Em 2023, a Rede Globo, sozinha, recebeu 56% da verba de publicidade governamental. Se queremos democratizar a mídia, é fundamental pautar também a democratização do o a recursos para que não sejamos engolidos pelos tubarões da comunicação.

Evidentemente, esse cenário desfavorável para nós existe há muito tempo, porque a esquerda, de maneira coletiva, tardou em ver a comunicação como uma parte fundamental da luta ideológica e do diálogo com o povo, relegando esse debate como um ório das lutas, e não como parte delas. 

Quando pontuamos que a comunicação hoje precisa fazer parte da estratégia das organizações, falamos isso em dois sentidos: o primeiro é estrutural, porque é necessário munir as equipes e dar condições para que os coletivos de comunicação atuem com a técnica e a qualidade necessária para competir com as máquinas de desinformação da direita. O segundo é político, porque a esquerda precisa coletivamente se apropriar do debate da comunicação de maneira mais profunda, indo para além do debate dos algoritmos e do engajamento e fazendo uma reflexão profunda em torno dos desafios de comunicar, dialogar e mobilizar o povo, até porque comunicação é política.

Nesse cenário extremamente difícil para as mídias populares, comunitárias e alternativas, nós seguimos fazendo o nosso trabalho e exercendo o direito humano à comunicação. Muitas vezes nos desanimam com uma análise derrotista de que a direita hegemoniza as redes e que essa é uma batalha impossível de vencer. Mas, a despeito das comparações desleais e do derrotismo, nós continuamos produzindo comunicação de qualidade, ível, plural e voltada à conscientização e a mobilização do povo, que é por natureza comunicativo e que cria suas formas de se comunicar. 

Por fim, precisamos nos apropriar coletivamente deste debate, nos formar; voltar a construir lutas em torno do tema da comunicação; seguir pautando o fim dos monopólios e o investimento em iniciativas de comunicação popular e, não menos importante, encarar o direito à comunicação como um direito humano, básico, e que precisa ser garantido ao povo brasileiro se queremos acumular forças, corações e mentes para a construção de um outro projeto de país. 

*Vanessa Gonzaga é militante do Movimento Brasil Popular

**Este é um artigo de opinião não necessariamente representa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Thalita Pires
Tags: comunicação popular
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

CINEMA

Santa Cruz valoriza memória e mantém olhos no mercado com festival

POLÍTICA EXTERNA

Lula quer mais conectividade aérea, marítima e terrestre entre Brasil e Caribe

USO INDEVIDO

Deputados acusam Eduardo Leite de autopromoção com dinheiro público

CONSTRUÇÃO COLETIVA

4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora reúne mais de 600 pessoas em Porto Alegre

Greve na educação DF

Greve dos professores no DF evidencia descumprimento do Plano de Educação, revela debate na Câmara distrital

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.